Amsterdã (1627)

Importância Científica: ALTA

O Amsterdã era a capitânia da esquadra sob o comando de Piet Heyn que efetuou o ataque à ‘frota do açúcar’ no porto de Salvador em 1627. O legendário almirante batavo já havia participado da conquista de Salvador em 1624 e, em 1628, tornaria-se famoso ao capturar a frota espanhola da prata em Cuba. A esquadra de Heyn que arribou à Baía de Todos os Santos em março de 1627 estava composta de 14 navios, equipados com um total de 312 canhões e trazia a bordo 1.675 soldados. O Amsterdã, que era a nau capitânia, possuía cerca 600 toneladas e carregava 8 canhões de bronze e outros 32 de ferro, 140 marinheiros e 64 soldados[1]. O navio teria ido ao fundo nas proximidades do porto antigo de Salvador, no local hoje conhecido como Banco da Panela.

Durante as escavações ocorridas no princípio da década de 1980, conduzidas sem rigor científico, foram retirados 6 canhões de ferro e cerca de 5.000 artefatos de grande importância histórica e arqueológica vendidos em leilões no exterior, além de ossos humanos que teriam sido repatriados para a Holanda[2]. Só no leilão da Casa Christie’s de 1983 foram vendidos mais de 100 artefatos pilhados do local do naufrágio, incluindo artefatos bélicos, instrumentos náuticos, vasos cerâmicos, entre outros. Não há qualquer mapa do sítio ou registro dos artefatos encontrados, e sua localização extata é desconhecida. Este sítio foi identificado errôneamente à época do leilão da Casa Christie’s em 1983 como o Hollandia.

Potencial de Visitação: ????

Sendo o sítio atualmente desconhecido, não há visitação turística.

Vulnerabilidade: ????

Pelo mesmo motivo anterior, não foi possível avaliar os fatores de vulnerabilidade.

 

Mapa e detalhe com os navios Amsterdã (capitânia)e Hollandia em frente ao porto de Salvador em 1627 (Mapa de Hessel Gerritsz).
Mapa e detalhe com os navios Amsterdã (capitânia)e Hollandia em frente ao porto de Salvador em 1627 (Mapa de Hessel Gerritsz).

 

[1] LAET, J. De. História ou annaes dos feitos da Comapanhia Privilegiada das Índias Occidentaes desde o seu começo até ao fim do anno de 1636. Tadução de José Hygrino Duarte Pereira e Pedro Souto Maior, In: Annes da Bibliotheca Nacional do Rio de Janeiro. Volume XXX. Officinas Graphicas da Bibliotheca Nacional: Rio de Janeiro, 1912.

[2] Marx, R. In the wake of galleons. Best Publishing: Arizona, 2001.